abril 08, 2009

Video reveals G20 police assault on man who died

Video reveals G20 police assault on man who died

Exclusive footage obtained by the Guardian shows Ian Tomlinson, who died during G20 protests in London, was attacked from behind by baton–wielding police officer

abril 06, 2009

Police 'assaulted' bystander who died during G20 protests



Investigators are examining a series of corroborative accounts that allege Ian Tomlinson, 47, was a victim of police violence in the moments before he collapsed near the Bank of England in the City of London last Wednesday evening. Three witnesses have told the Observer that Mr Tomlinson was attacked violently as he made his way home from work at a nearby newsagents. One claims he was struck on the head with a baton.

A female protester, who does not want to be named but has given her testimony to the IPCC, said she saw a man she later recognised as Tomlinson being pushed aggressively from behind by officers. "I saw a man violently propelled forward, as though he'd been flung by the arm, and fall forward on his head.

"He hit the top front area of his head on the pavement. I noticed his fall particularly because it struck me as a horrifically forceful push by a policeman and an especially hard fall; it made me wince."

Mr Tomlinson, a married man who lived alone in a bail hostel, was not taking part in the protests. Initially, his death was attributed by a police post mortem to natural causes. A City of London police statement said: "[He] suffered a sudden heart attack while on his way home from work." But this version of events was challenged after witnesses recognised the dead man from photographs that were published on Friday.

G20 em Londres

G20 e a anedota do Consenso de Washington

Declarou Gordon Brown no final da reunião: O consenso de Washington acabou. Não haviam grandes expectativas que saísse algo de diferente do comício dos G20 em Londres mas as medidas anunciadas além de decepcionantes são quase ridículas.

Primeiro, o Consenso de Washington: representa um conjunto de medidas desenhadas pelos políticos e economistas americanos, um guia de índole fundamentalista destinada a expandir o neo-liberalismo e o “free market”, uma solução única a ser adoptada pelos diferentes países em subdesenvolvimento para sairem de críses – as medidas teriam que ser adoptadas de modo a receber ajuda do FMI/Banco Mundial/EUA – um modelo que é em grande parte responsável neste momento pela globalização da crise (uma descida na Bolsa de NY leva a despedimentos na Indonésia). As medidas incluem:

- incremento dos direitos legais na defesa da propriedade privada (nota: é preciso ter em conta que justiça para o liberalismo, desde Adam Smith, resume-se a garantir o direito à propriedade privada)
- eliminação de tarifas sobre importações, abertura dos mercados a produtos estrangeiros, eliminação de proteccionismo a indústrias nacionais
- desregulamentação: abolição de regulamentações que limitem a concorrência ou entrada no mercado (i.e. fiscalização séria dos mercados)
- privatização de empresas públicas, como no sector da energia e serviços
- liberalização (i.e. diminuição de restricções) a entrada de investimento estrangeiro
- contenção salarial (para atrair empresas que procuram baixos salários)

O objectivo era simples: aumentar os mercados disponíveis para as grandes potências económicas e garantir novos locais para produzir a baixos custos. A evidência empírica mostra o falhanço destas políticas (exemplo: países sul-americanos como Argentina, Chile, Venezuela) e o economista americano Dani Rodrik demonstrou no seu “Goodbye Washington Consensus, Hello Washington Confusion?” publicado em Janeiro 2006 que não só o crescimento económico nos países que seguiram o consenso foi reduzido como os objectivos não foram alcançados. Logo, não é algo de novo a constatação do falhanço do Consenso, mas aparentemente para os líderes do G20 isso é algo recente. O mais preocupante no entanto é que a principal medida tomada na reunião em Londres foi re-financiar o FMI com 1 trilião USD$, um claro indicativo que o futuro próximo passa pela continuação do mesmo modelo de sujeição dos países às medidas de neo-liberalismo exigidas pelo FMI e até que este pode ser o único caminho possível para quem entretanto tenha entrado em recessão – mais do mesmo, com a agravante que agora é ainda mais evidente o falhanço destas políticas, sendo claro que a saída das grandes economias da recessão passa pela exploração de novos mercados de países fragilizados, uma ode às multi-nacionais.

Outro factor relevante da cimeira G20 é a demagogia populista que sobressai do discurso oficial, 1) as medidas são discutidas e preparadas nos meses antecedentes à cimeira pelos principais países e os 2 dias em Londres são apenas para oficializar o acordado previamente, independentemente das teatralidades de Sarkozy ou Merkel; 2) a utilização do tema off-shores para tentar mostrar que efectivamente se fez algo significativo ou que existe vontade em combater situações menos claras quando na realidade nada ficou definido relativamente a algo que é uma vergonha mundial (mas, já Durão Barroso tinha feito do combate às off-shores um dos pontos centrais da sua campanha legislativa e agora Sócrates prepara-se para fazer o mesmo); 3) a limitação dos bónus dos executivos é uma boa medida mas era algo inevitável e que não exige grande coragem dado o contexto actual, sendo igualmente utilizado como se representasse uma mudança significativa nas políticas seguidas. Medidas para combater o desemprego crescente, a precariedade social ou a crise ambiental: zero.

Antigamente quando não existiam sistemas adequados de ventilação nas minas de carvão utilizava-se um canário como cobaia: quando este morresse era sinal que algo estava mal. Canary Wharf é também um centro financeiro em Londres com filiais de bancos como o Credit Suisse, HBSC e o Citigroup. É pois significativa a forma de protesto escolhida pelo grupo War on Want: