dezembro 13, 2009

do jornal Público

dois artigos no jornal Público:

Milhares de pessoas desfilaram em Copenhaga para defender o planeta. A polícia deteve 700, mas a marcha seguiu de forma pacífica

O tom da maioria dos protestos era pacífico mas a violência surgiu quando alguns activistas radicais lançaram pedras à polícia e partiram janelas do Ministério dos Negócios Estrangeiros. O corpo de intervenção estava a postos e só esperou pela primeira pedra para deter de forma quase aleatória cerca de 700 pessoas - os activistas vestidos de negro, do movimento "Never trust a cop" e muitos outros inocentes que rodeavam o grupo e foram isolados em bloco. A polícia justificou a acção como uma medida preventiva, autorizada pela lei aprovada para a conferência, que facilita as detenções.

Apesar dos incidentes, o dia foi de festa, num convite à imaginação pelo protesto mais original. O mundo inteiro estava representado em Copenhaga, com música, números de circo, máscaras, ursos polares e pinguins munidos de palavras de acção. "O que é que queremos? Justiça climática! Quando? Já!" foi o mote que embalou os cinco mil manifestantes que deram o pontapé de saída durante a manhã, num primeiro protesto pintado de azul, organizado pela associação "Amigos da Terra".

Enquanto milhares de pessoas gritavam palavras de ordem nas ruas de Copenhaga, Daniel Lau acumulava energias para a semana que se avizinha. Cumpriu ontem o seu 30.º dia de greve de fome e os 45 quilos que leva em cima dos ossos não lhe permitiram participar na manifestação.

Nos próximos dias Daniel e os três companheiros de jejum em Copenhaga tencionam manter-se activos no Bella Center, com um único objectivo em mente: não comer enquanto não assistirem a um "compromisso significativo" por parte dos líderes políticos.

entrevista video a um membro do grupo Climate Justice Fast, a cumprir greve de fome em Copenhaga.

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